quarta-feira, 22 de abril de 2009



Acabo de chegar da "cidade". Para resolver pendencias em bancos e repartições publicas e privadas. Primeira dificuldade: sair de casa de carro, com os cães que fogem ao abrir o portão e levo cerca de 10 minutos para traze-los para casa novamente, gostam de explorar os arredores, vão inspecionar os depósitos para recolhimento do lixo e farejar ratos entre o jardim que margeia o rio, em rua de transito veloz e pràticamente constante. Desanimada, hoje, opto pela alternativa - transporte público - e me descubro sem $$$$ .Palavra feia para a aposentada que está indo à cidade para obrigatòriamente, sob pena de suspenção do benefício - outra palavra feia já que sou beneficiária de um direito - como se direitos pudessem ser não concedidos - e assim o é, mas, recadastrar junto ao serviço regulador de sua aposentadoria. Decido caminhar. Afinal, hoje é o Dia da Terra.
Pouco tempo basta para um corpo afastado de uma determinada atividade ficar restrito em suas capacidades funcionais. Em pouco tempo doem-me as panturrilhas. Pouco mesmo, menos de 1km já doi tambem a articulação coxofemural esquerda. Nenhuma novidade. Não é só sedentarismo ou a idade a avançar, mas um problema cronico recurrente do aparelho locomotor. Com a dor, o andar se torna gingado o que força outras articulações, tendões, musculos, começam outras pequenas dorezinhas. Percebo minha cabeça, meu pescoço e ombros. Caidos para a frente, contraidos em tensão, urbana e íntima. Stress tambem cronico. E sinto a respiração curta, quase ofegante, pesada. Então lembro-me de um exercicio, dos tempos de estudos em terapias orientais. Alinho-me a um eixo perpendicular à Terra. Lentifico e aprofundo a respiração, respirando com o pulmão inteiro, até o ápice. Sincronizo a respiração com as passadas. Uma inspiração, quatro passadas, uma expiração, quatro passadas. Mudo a atençao, o pensamento que estava concentrado nas pernas e suas dores, para um centro, Hara, entre o umbigo e pubis que é assim impulsionado para a frente, como se dali se movesse o corpo. Uma inspiração, quatro passadas, uma expiração...e nem sinto mais dor, as pessoas que moviam-se proximas a mim, ficam para tras. HuáHuáHuá! Tinha quase me esquecido como isso é divertido! Andei tudo que precisava, ida e volta 7km, mais um vai e vem no centro da cidade, algumas coisas resolvidas, outras tomadas providencias para andamento.
As circuntancias determinam a pessoa ou ela é quem faz as circunstancias ?
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2 comentários:

Domingos Neto disse...

Merece ir para o outro blog!

Depois me ensina essa técnica? :)

Dona Sra. Urtigão disse...

Ué, já está explicada no texto.

PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011