terça-feira, 31 de agosto de 2010

30 de agosto de 2010

Não dá para parar, porque as circunstâncias não permitem, então lá vou de novo; Menos de 48hs em casa(?), após 5 dias em Petrópolis, e agora vou para o Rio. Sempre por obrigação. Por devoção. E que é ao final um enorme prazer, ir e vir, ver, ouvir, encontrar e até passar rápido fingindo não ver..."Depressa, depressa..." O que lamento são aqueles quase encontros que não se deram e pior, aqueles pelos quais ansiamos antecipadamente, planejamos e...frustramo-nos! Mas aí sempre entra o amanhã. Sempre há espaço e tempo para a esperança. E sonhos... .

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Andanças, ou , O Prazer do Trabalho


Estar aposentada me trás alguma culpa. Ah! Sempre ela ao meu lado. Herança cristã, de um colégio católico onde iniciei minha formação, ou quem sabe de pessoas que pretendendo "educar" os filhos, moldá-los, ao invés de formá-los, os deformam. Mas penso que não trabalhar possa ser um mal. Esqueço-me do quanto trabalho, atendendo às necessidades da minha casa e da minha família. Ajo como os preconceituosos que pensam que o trabalho dito "do lar" trabalho não fôsse. Porque não produz dinheiro? Produz outro tipo de frutos! Difícil está harmonizar em mim esta situação. Porque, talvez, este trabalho, para a família, me dá enorme prazer. Como se o outro, que exerci por bem mais de trinta anos, também, na maior parte do tempo, não fosse realizado com enorme prazer. Eu gostava muito do que fazia. Até que deixei de gostar. Ponto. Pronto.
Poderia discorrer exaustivamente sobre todos os motivos que conheço que me fizeram desgostar de uma profissão que amava tanto. Mas prefiro abordar as causas do prazer que me dá esta função que sem ser nova, pois que sempre foi concomitante à outra, agora posso (posso?) realizar em tempo integral.
A maior delas é expandir o tempo que tenho para conviver com os filhos. Quase um tanto quanto tarde, porque agora eles não vivem mais em minha casa. Pior, nem vivem na mesma cidade. Ou Estado. E para que eu possa estar com eles, como nunca pude estar antes, sou obrigada ( obrigada?) a estes deslocamentos. O que nem gosto né? (ironia, tá?) E por que viajar entre duas cidades para poder acompanhar uma das minhas "bebês" ao início do seu pré natal, associada a mais atendimentos às necessidades da casa, como problemas administrativos entre governo e lares, possa ser desconsiderado como trabalho, só porque gosto? Porque retornar de uma cidade à outra, onde tenho que cuidar de minha mãe(?) ao invés de ficar onde desejaria, em meu jardim, próxima a muitos amigos, não é considerado trabalho? E esta outra função, nem é prazeirosa. Apenas o lugar que escolhi para realizar esta função o é.
Chego de uma, mal desfaço as malas, ou melhor, não desfaço, apenas retiro a roupa suja, substituindo-a pelo equivalente limpo, pois sei que nova partida me aguarda. E sei que a cada vez que assisto um(uns), "desassisto" aos outros. E vou levando, tentando criar coragem, com a desculpa da "falta de tempo" para retomar as atividades ditas laborais que me permitiriam equilibrar o orçamento, pois os vencimentos de uma aposentada de nível superior, na minha área, são insuficientes, e quem equilibra meu orçamento são os filhos e suas contribuições. (Tipo mesada, ou bem mais que isso). Aí volta a culpa, porque mesmo tendo trabalhado toda a vida em torno de 100 horas semanais, incluindo plantões noturnos, o que recebia nunca foi suficiente para que eles tivessem mesada, ou um pouco de folga nas suas despesas, no atendimento de seus desejos, apenas o mínimo indispensável, e precisaram trabalhar cedo, pelo menos os mais velhos, ainda durante seus cursos universitários. Pois são melhores do que mereço.
Mas acabei não falando dos prazeres. Ou falei. São os filhos, suas conquistas, seu bom caráter. São as viagens entre suas casas. São meu direito de ir e vir, mesmo que compromissado. E desse direito, não quero, não queria ter que abrir mão. Afinal, estou aposentada. Por mais tempo de trabalho que exige a legislação. E pela idade mínima, da mesma legislação.

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Dezenove de Agosto



Como posso dizer que volto para casa,
se meu coração mora em muitos lugares?




Minha casa é Gaia
Sou da Terra.
Sou da Mata, da Montanha,
do Mar, do Rio.
Da Rua
.



Moro na chuva e no vento,
no frio e no calor.
Vivo na luz do Sol
Vivo no mundo da Lua




Moro nos rios e nas estradas.
Moro na natureza
mas tambem nas obras dos Homens.
(Desses filhos da natureza que sequer sabem disso)
E na luz das estrelas
.



Vivo no coração dos que me amam,
moro no meu coração porque eu amo
e ainda em corações que sequer conheço,
(que irei (ou não) conhecer).
Humana




Vivo em sorrisos e em lágrimas.
Sou dos dias e das noites.
Vivo em sentimentos.
Contraditórios.
(Como toda gente).




Sou árvore e semente,
sou flor e fruto,
morte e nascente
Renascimento
.



Gosto de fora, gosto de dentro.
Sou rio, mas tambem sou ponte.
Sou movimento.
Estou no que faço e no que sentem,
sou escolhas.
Pensamento
.



Estou ... Vivente.




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sábado, 14 de agosto de 2010

ANDANÇAS


Sempre correndo, sempre seguindo o caminho mais direto possível, dessa vez me surpreendi. Decidi voltar para casa por outro caminho, que eu ainda não conhecia. Deixei a potencial solução de problemas onde deveria ir, para outro dia, quem sabe, na segunda, quando por lá terei que voltar, por outros motivos, de qualquer jeito. E escolho este novo trajeto, com a desculpa de que certamente seria um pouco mais curto e quem sabe bem mais rápido. As paisagens não são tão diferentes da outra, óbvio, a região é a mesma, as estradas que escolhi, ora correm em um sentido paralelo a outra, que descobri recentemente, desde que mudei-me para cá, ora mudam de inclinação, retomando depois, sempre, o rumo para sudeste. Mas pontualmente, a paisagem é bastante diferente. Quadro a quadro. Não são as mesmas casas ou sítios que vejo nas curvas que não são também as mesmas, nem as porteiras que abrem em alamedas, embora bastante semelhantes.
Parti cedo, hoje, do mesmo pouso em Minas, seguindo depois para o noroeste do Estado do Rio e finalmente chegando à Região dos lagos. O percurso total foi em quilômetros exatamente o mesmo do mais antigo ( quero dizer, quase, foram tres Km a menos), o mais longo agora, que passa por Petrópolis, porem realizado em duas horas a MAIS. Justifico: além das paisagens referidas, os Ipês amarelos em Minas e depois uma profusão de uma "vermelhina" no Est. do Rio, não me permitiam correr muito, mas o principal foi a constatação de que toda a rodovia ficará ótima em três ou quatro meses, me parece, tal a quantidade de obras de recuperação, com os incontáveis ( mesmo) PARE -SIGA que encontrei, e que retardaram meu caminho. Bem, tenho que confessar que por se tratar de um percurso que atravessava inúmeras cidades, algumas delas dentro mesmo da parte urbana, do centro da cidade, foi inevitável uma série de paradas para certificar-me da direção a ser tomada, o que de qualquer modo falhou um tanto, já que errei três vezes, optando pelo caminho mais longo entre duas cidades,( mesmo com orientação da guarda rodoviária). Mas erro meu, ao não ver as bifurcações. Ou será que não eram mesmo sinalizadas e as placas só estavam nas de maior percurso?
Apesar de sexta treze de agosto, do cansaço por passar nove horas rodando , guiando meu amigo carmário, forte e resistente, o consumo de combustível foi bem reduzido, a viagem transcorreu sem nenhum incidente, foi um dia inteiro bastante bom. Ficou a vontade de ter mais tempo - e terei - para explorar um pouco mais as cidades/zinhas dos caminhos que estou escolhendo.
E ainda trouxe para casa diversas mudas de plantas para meus jardins daqui e de "lá", trouxe lembranças refrescadas dos jardins e pessoas que encontrei, saudades com projetos de reencontro breve e uma imensa alegria pelos dias na estrada.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Que culpa é essa que me pesa aos ombros, que me faz aceitar ser punida sem nem saber o porque...
Que medo é este que me arrasa, arrasta, dilacera, consome a alma e nem sei do que...
Que estranho sentimento faz com que eu vá aos poucos perdendo a razão sem tentar a redenção, a remissão ou o perdão...
Que espécie de ma fé, kafkaniana faz com que eu me permita ser enclausurada, torturada sem me rebelar materialmente...
Que perdão eu procuro e de quem, se nem sei o que fiz ou a quem...
Sei apenas o que já sofri encarcerada, humilhada, maltratada, espancada e mesmo assim não foi o bastante...
Que treinamento foi este que me impuseram, que odeio, e do qual não consigo escapar...
A mesma algoz de tantas fases da vida e no entanto dela sinto ainda uma maldita compaixão que não me liberta...
Será meu destino a loucura, a fuga do medo da culpa, o perdão que não me concedo, pela raiva que incorporo ao sentir seu olhar ou ouvir a voz...
Porque não encontro no meu passado com ela ao menos uma boa lembrança que torne suave o jugo...
Serão virtudes o que busco enquanto me perco em descaminhos de lágrimas e dor?

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domingo, 8 de agosto de 2010


Ém Lumiar, 7/8/10

Sou fã ( mesmo antes de estar na moda )

"Nasceste no lar que precisavas. Vestistes o corpo físico que merecias. Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento. Possui os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais - nem menos - , mas o justo para as tuas lutas terrenas. Teu ambiente de trabalho é o que elegestes, espontaneamente para a tua realização. Teus parentes, amigos são almas que atraístes, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle, tu escolhes, recolhes, eleges, atrai, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência. Portanto, não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos, reprograma a tua meta, busca o bem e viverás melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo Fim". (Chico Xavier)
PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011